sábado, setembro 24, 2011

Cansaço exagerado? Cuidado

O cansaço sem fim muitas vezes não é provocado por excesso de trabalho ou estresse nas alturas. Em certos casos, ele pode ser sinal de alguma pane no organismo.

Ela parece uma companheira chata que insiste em não se ausentar. Durante o dia, à noite, no trabalho e até mesmo logo após acordar, marca presença e teima em sugar as nossas energias. Estamos falando da fadiga, aquele cansaço interminável e persistente que dá a sensação de que qualquer atividade cotidiana exige um esforço sobre- humano para ser realizada.



O problema pode ser, sem dúvida, um reflexo da vida moderna. Afinal, passar horas no trânsito todos os dias, trabalhar demais e viver naquele estresse constante acaba levando ao esgotamento do corpo e da mente. Porém, existem outros casos em que a fadiga pode ser consequência de uma noite maldormida ou, mais grave ainda, sintoma de uma doença.


O fato é que a canseira exacerbada tem origem de fato no cérebro. Ele envia a todo momento impulsos elétricos para o corpo, e esses impulsos, ao chegarem aos músculos, sofrem reações químicas, resultando em energia mecânica — ou seja, nos movimentos. "A fadiga é fruto de um desequilíbrio, ou seja, quando não há harmonia entre esses estímulos", afirma Cláudio Pavanelli, fisiologista , no Rio de Janeiro.

É claro que ninguém está fadado a viver lutando para manter o pique em alta. Algumas mudanças no estilo de vida já ajudam a repor o gás total. Além disso, entender as causas do esgotamento é primordial para domá-lo, principalmente nos casos em que ele vem de enfermidades. Por isso, nada de desanimar: o importante é se mexer e recarregar as baterias.


A síndrome da fadiga crônica Quando o cansaço persiste por meses a fio e não tem causa definida, ele pode ganhar essa alcunha. Apesar de não ter sido completamente desvendada, os pesquisadores acreditam que a síndrome da fadiga crônica decorre de infecções e doenças autoimunes. Para contorná-la, exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis são essenciais.

Por que a pilha fica fraca?

1.Diabete


Como a principal marca da doença é a dificuldade de o açúcar entrar nas células, seja pela falta de produção de insulina, seja pela incapacidade desse hormônio de trabalhar, a glicose no sangue se eleva. "e a glicemia alta faz o indivíduo urinar mais, emagrecer e perder massa magra.
2. Anemia


a escassez de ferro não tem como sinal único a pele pálida. a fadiga é uma de suas características predominantes. "a anemia pode causar cansaço, sono, desânimo, queda de cabelos e até mesmo falta de ar", afirma a nutricionista Roseli Ueno. Nas mulheres, é um fenômeno mais recorrente durante a menstruação, quando a perda de sangue aumenta o déficit de ferro no organismo.


3. Apneia


o popular ronco destrói a qualidade do sono do indivíduo. ele é duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e, por se distinguir pela interrupção da passagem do ar pela garganta, provoca o ruído e despertares breves durante a noite. essa insconstância durante o repouso noturno pode ter como consequência uma leseira sem hora para acabar no dia seguinte.


4. Depressão


vigor abaixo de zero é um traço de quem padece desse problema. apesar de ser uma doença de origem psíquica, a depressão mina a disposição física. "Nela, ocorre um processo inflamatório dentro dos neurônios que atrapalha seu funcionamento. e isso acaba gerando o cansaço", afirma o psiquiatra teng Chei tung.
5. Fibromialgia


essa síndrome aflora a sensibilidade para a dor. estima-se que apenas um homem a cada oito mulheres apresenta a doença, que tem raiz genética, podendo passar de mãe para filha. as dores constantes levam à debilitação. "a pessoa pode ter o sono perturbado e levantar fatigada, sem falar que a própria dor já gera indisposição", explica o reumatologista Roberto Heymann.
6. Doença cardíaca


Piripaques no peito também estão na lista dos motivos por trás de uma letargia. arritmia e entupimento de artérias são alguns dos precursores da canseira exacerbada. "o coração problemático não bombeia direito o sangue para todos os órgãos. Com isso, eles tendem a entrar em falência", avisa Ricardo Pavanello. Sinal do perigo: uma baita fadiga

7. Distúrbios da tireoide


os hormônios tireoidianos são vitais para manter o metabolismo aceso. Uma característica comum entre o hipertireoidismo, quando a tireoide trabalha demais, e o hipotireoidismo, situação em que a glândula fica lenta, é a apatia total. "o coração bate muito rápido e o indivíduo se queixa de cansaço extremo", afirma Maria Ângela Zaccarelli.

8. infecções


além da febre, outro sinal que deve ser notado nesses casos é a diminuição, por assim dizer, da vitalidade. Seja naquela gripe passageira, seja em um quadro mais severo, como a hepatite, a pessoa fica enfraquecida, em maior ou menor grau. "é que o organismo concentra suas forças na luta contra o agente infeccioso", justifica o infectologista Plínio trabasso. Daí o esgotamento do indivíduo.


6 táticas para recarregar as baterias


Hábitos e atitudes que energizam o dia a dia


1.Checkups


Se a fadiga não vai embora, o importante é procurar auxílio de um médico. ele poderá pedir exames como hemograma, teste de glicemia, dosagem hormonal e outros mais específicos, caso do eletrocardiograma e do teste de função hepática, que ajudam a identificar o que está prejudicando a disposição.

2. Hidratação


Para quem não quer se cansar, um conselho: manter o corpo abastecido de líquidos pode ser uma tática de sucesso. "Se a pessoa não se hidratar, as células vão extrair a água da circulação. o sangue se torna mais denso e a absorção da energia também vai ser dificultada", explica o fisiologista Cláudio Pavanelli.

3. Alimentar-se regularmente


Fazer refeições a cada três horas é outro segredo para afastar a fadiga ao evitar a queda brusca das taxas de açúcar no sangue. "a maioria dos indivíduos que reclamam de falta de energia não come direito", ressalta Roseli Ueno. Proteínas, carboidratos, fibras e gorduras como o ômega-3 devem estar no cardápio.

4. Exercícios físicos


exercitar o corpo melhora a captação, o transporte e a utilização do oxigênio em nosso organismo. Coração, pulmão e músculos conseguem converter mais desse gás em energia. Por isso, deixar a preguiça de lado e mexer o corpo é um excelente começo para driblar o cansaço constante.


5. Dormir bem


Pregar os olhos por pelo menos oito horas é sinônimo de disposição. o neurologista israel Roitman dá a receita do bom sono: evitar álcool, bebidas cafeinadas e refeições pesadas; ir para a cama sempre no mesmo horário; por fim, nada de ver tv, usar o computador e se exercitar até três horas antes de dormir.


6. Atividades prazerosas


atenuar o estresse é fundamental para fugir da indisposição. e nada melhor do que fazer aquilo de que se gosta para chacoalhar a rotina. "as atividades prazerosas são estimulantes para o cérebro e para o corpo. enfim, evitam que a gente enferruje", afirma o psiquiatra teng Chei tung.
 
Cuide-se...Mexa-se...Ame-se a cada dia mais!

sexta-feira, agosto 12, 2011

Saiba quando aplicar uma compressa com bolsa fria ou com bolsa quente

Bolsa fria



A estratégia gelada é recomendada para amenizar dores resultantes de um trauma agudo, como uma pancada ou encontrão. Aí, não há escapatória: o corpo reage ao baque deflagrando aquela inflamação. Os especialistas indicam o gelo para esse tipo de situação justamente porque é capaz de evitar que o processo inflamatório ali seja exagerado demais. Não à toa: ele diminui a circulação local, evitando um baita inchaço. Além de realizar anestesia no local.
 
Bolsa quente



O calor dilata os vasos sanguíneos, o que facilita a circulação e, de quebra, ameniza as dores. Por isso, os especialistas usam a bolsa quente para atenuar os efeitos de problemas crônicos, como lombalgias. “No entanto, esse método não age no problema em si”, ressalva Ana Paula. Em outras palavras, aquecer uma região dolorida só serve para atenuar o incômodo, mas jamais para dar um fim à encrenca. Por isso, a orientação de um profissional de saúde é fundamental. Até porque sentir sempre uma dorzinha em determinado lugar pode ser sinal de uma lesão que, se não for tratada, pode evoluir para um quadro mais grave.

Tempo de aplicação


Como em tudo na vida, o bom senso deve imperar aqui também. Ou seja, nada de deixar a bolsa por alguns segundos ou horas a fio – no máximo, 20 minutos.
 
Mais não esqueça se a dor persistir procure um atendimento médico.

sexta-feira, julho 22, 2011

Já ouviu falar em DTM?


Essa sigla, que tende a se tornar cada vez mais popular, remete a uma desordem na articulação ou nos músculos que permitem abrir e fechar a boca.

Existem problemas de saúde que andam cercados de mistérios e mal-entendidos. A começar pelo nome. Há pessoas por aí que sofrem com dores nos maxilares e atribuem a desdita a uma doença chamada ATM. Vamos desfazer a primeira confusão. Essa sigla, ou melhor, a articulação temporomandibular a que ela faz referência, todo mundo tem. Se ela ou os músculos que a circundam estão em crise, aí, sim, há o que se chama de disfunção temporomandibular, a DTM.



Há mais de um tipo de DTM por trás de dores, dificuldades para mastigar ou falar, além de ruídos ou estalos ao abrir e fechar a boca. Um estudo liderado pela dentista Daniela Godói Gonçalves, da Universidade Estadual Paulista, em Araraquara, no interior de São Paulo, aponta que até 40% da população se queixa de um sintoma que remeta à sigla dolorosa. “Ela afeta principalmente quem tem entre 20 e 40 anos e duas vezes mais as mulheres”, observa Daniela. “Em quase 70% dos casos o problema nem está na articulação em si, mas na musculatura ligada a ela”, estima o dentista Antonio Sérgio Guimarães, da Universidade Federal de São Paulo.

O transtorno não apresenta causa específica, mas se acredita que, somados a uma propensão a ele, fatores como o estresse do dia a dia acionam a engrenagem da dor. Por essas e outras, flagrar a DTM e sua origem nem sempre é tarefa fácil. Para tornar o diagnóstico mais certeiro, uma saída é congregar exames, como demonstra um trabalho recente da fonoaudióloga Cláudia Ferreira, da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, no interior do estado. “Juntamos um questionário preenchido pelo paciente a uma avaliação das funções dos músculos da mandíbula e uma técnica chamada eletromiografia”, conta Cláudia. É a combinação de tudo isso que garante uma boa investigação.


O questionário revela o grau dos sintomas e o momento em que eles eclodem. “Já no que chamamos de avaliação miofuncional, pedimos para o paciente mastigar uma bolacha para analisar o trabalho da musculatura local”, exemplifica. A eletromiografia, por sua vez, se vale de eletrodos colados à têmpora e às bochechas para checar as contrações musculares. “Com esses dados conseguimos não só detectar o problema mas também monitorar melhor a resposta ao tratamento”, avalia Cláudia.


As disfunções da mandíbula costumam trazer dor de cabeça. No sentido figurado: não é raro perambular entre médicos e dentistas atrás do motivo das aflições. E no sentido literal. “A DTM pode causar dores de cabeça secundárias ou agravar enxaquecas já existentes”, acusa Daniela. Não à toa, há quem se entupa de analgésicos, negligenciando, sem querer, o foco do desconforto. Embora o adulto seja seu alvo, a DTM também é capaz de atormentar crianças e adolescentes. Os estudos a respeito são divergentes, até porque, nessa fase da vida, os sinais do problema são mais leves e difíceis de ser detectados. “Relatos mostram que os sintomas da disfunção são raros na época dos dentes de leite, enquanto outros indicam uma prevalência de 16%. De qualquer maneira, o número aumenta na adolescência”, pontua a dentista Maria Beatriz Gavião, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, no interior paulista.


CALA-TE, DOR


Apesar de complexa e rodeada de confusões, a DTM pode ser contra-atacada. Muitas vezes o tratamento exige não apenas o dentista, mas fonoaudiólogos, fisioterapeutas... Para nossa sorte, as armas que enfrentam o transtorno estão cada vez mais afiadas. Se o ultrassom já rendia bons resultados, o raio laser de baixa potência, ainda novo nessa área, não decepciona. O aval para as duas tecnologias vem de uma pesquisa recém-concluída na USP de Ribeirão Preto pela dentista Thaíse Carrasco.

“O ultrassom promove um calor profundo na região, estimulando a dilatação dos vasos e diminuindo a inflamação local”, explica Thaíse. “O laser também surte efeito anti-inflamatório e incentiva a liberação de substâncias que aliviam a dor”, completa. No trabalho com 30 voluntários, a especialista provou que as técnicas empatam em termos de eficiência. “Elas são, contudo, terapias de apoio, ou seja, não dispensam atacar as causas do problema”, lembra.

Em muitos casos, só uma investigação minuciosa aliada a mudanças comportamentais desarticula a DTM. “É preciso saber se o paciente range os dentes à noite ou os aperta durante o dia por causa da tensão”, exemplifica o dentista André Felipe Abrão, do Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia, na capital paulista. Só assim dá para traçar um plano de ação contra o suplício. A participação do paciente, aliás, é essencial. “Ele precisa aprender o que é ruim para a sua condição e corrigir os erros”, diz Guimarães. Nessas horas, fugir do estresse, que repercute na musculatura da ATM, já é mais do que um bom começo.


Tipos de DTM

MUSCULAR :Versão mais comum do problema, caracteriza-se por um excesso de tensão que sensibiliza a musculatura, gerando dores difusas. Hábitos como mascar chicletes ajudam a perpetuá-la.


ARTICULAR: Defeitos anatômicos ou desgastes comprometem a articulação. As dores são mais localizadas.


MISTA : Segunda forma mais frequente de DTM, mescla as desordens articular e muscular. Reverbera sobretudo nos músculos.


REUMATOLÓGICA: Mais rara, é causada por uma degeneração do disco e da articulação temporomandibular que culmina em muita dor.
 
Os principais métodos solicitados para detectar e monitorar a DTM é a AVALIAÇÃO CLÍNICA especialistas afirmam que é o primeiro e mais importante passo no cerco ao problema. O dentista analisa a história e os sintomas relatados pelo paciente e verifica, por exemplo, se ele sente dificuldade ao abrir e fechar a boca. Os EXAMES DE IMAGEM mais cotados são a tomografia e a ressonância magnética, que, direcionadas à cabeça, obtêm imagens detalhadas da articulação temporomandibular e da sua musculatura. Assim, são capazes de acusar a presença de possíveis alterações. E por ultimo a ELETROMIOGRAFIA onde eletrodos são conectados na região da ATM com o intuito de avaliar a contração e a coordenação muscular por ali. Para tanto, durante o exame, o paciente é convidado a mascar um chiclete ou apertar um rolinho de algodão entre os dentes.
 
Os tratamentos existem diversas terapias que irão auxiliar no combate a dor:
 
*PLACAS DE MORDIDA: Feitas de acrílico, são indicadas a quem range os dentes à noite ou os força demais quando está tenso. Devem ser usadas principalmente durante o sono.


*REABILITAÇÃO MIOFUNCIONAL: Com o apoio de um fonoaudiólogo, o paciente realiza exercícios para treinar, por exemplo, a mastigação e para restabelecer a função dos músculos da ATM.


*EXERCÍCIOS FISIOTERÁPICOS: Eles ajudam a minorar a dor e a recuperar a movimentação ideal da articulação.


*MEDICAMENTOS: Analgésicos e anti-inflamatórios são coadjuvantes e receitados apenas para eliminar as crises.

*ULTRASSOM: O aparelho emite ondas de som que aquecem a musculatura da ATM, aliviando a inflamação e o incômodo local.


*LASER: O de baixa intensidade debela o processo inflamatório e auxilia a aplacar a dor.

*CIRURGIA: É recomendada para casos mais graves, em que é preciso consertar a articulação para acabar com o tormento.

terça-feira, julho 19, 2011

Fibromialgia é doença sim


A ciência comprova que a fibromialgia é, sim, uma doença física. E conviver com esse problema, responsável por dores que nunca vão embora, nem sempre é um caminho de espinhos...

Dói. E como dói. Ontem, hoje, amanhã. Dói sempre. Às vezes mais, às vezes menos. Mas parar de doer é raro. Dor nos ombros, nos braços, nas costas, nas pernas, na cabeça, nos pés. Quem tem fibromialgia conhece bem o corpo. Todo ele reclama. A ponto de, em momentos de crise, um toque delicado como o de uma flor incomodar. Abraços e carinhos muito desejados também machucam quando a sensibilidade ultrapassa os níveis de normalidade e bate asas, voando longe do controle. E uma situação assim demorou para ser considerada um mal físico. Era confundida com depressão e estresse. Por falta de informação — e diagnóstico —, os pacientes ainda tinham que sofrer na alma o transtorno que a dor já impingia ao corpo.


Agora esse capítulo mudou. Evidências comprovam que fibromialgia é doença física, sim. Não se trata de uma síndrome invisível. “Há trabalhos científicos mos trando que o portador apresenta alterações na anatomia cerebral”, defende o reumatologista Roberto Ezequiel Heymann, coord enador do Ambulatório de Fibromialgia do Hospital São Paulo, na capital paulista.

Um desses estudos foi apresentado no final de 2008 na França. Graças a um exame por imagem chamado Spect (sigla em inglês para tomografia computadorizada por emissão de fóton), os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha, constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que identificam a dor. Paralelamente, notaram uma queda de circulação na área destinada a controlar os estímulos dolorosos. Nas dez voluntárias saudáveis que participaram da pesquisa, nenhuma alteração foi detectada. A investigação se soma a outros dados consagrados sobre a presença do distúrbio, como o aumento dos níveis de substância P, o neurotransmissor que dispara o alarme dolorido, e a menor disponibilidade de serotonina, molécula que avisa o sistema nervoso que a causa do tormento já passou.

No Brasil, um estudo inédito corrobora a tese de que os fibromiálgicos têm o sofrimento que alegam. O médico Marcos Brioshi, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, analisou 223 pacientes submetidos à termometria, um exame que transforma o calor do corpo em imagem — quanto mais vermelha, maior a circulação sanguínea no alvo da sensação desagradável.

O especialista verificou que, nos casos de fibro, três sinais são característicos: um manto que cobre o peito e as costas, uma máscara em torno dos olhos e extremidades frias. “A avaliação clínica ainda predomina, mas esse método complementar ajuda no diagnóstico, distinguindo o problema de outras doenças crônicas, como a artrite”, diz o termologista.


Confirmada que a fibro está longe de ser uma doença psíquica, a pergunta que ainda não foi respondida é por que ela acontece. “Quando soubermos a sua origem, conseguiremos acabar com a causa e encontrar a cura”, diz o neurocirurgião Claudio Fernandes Correa, também do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Por enquanto, o que se conhece são os gatilhos do terrível incômodo — fatores que desencadeiam a crise, como o estresse pós-traumático —, além dos meios de minimizar o quadro e devolver qualidade de vida aos pacientes. Nesse ponto, há novidades.


Um considerável número de médicos acredita que, no futuro, a associação de drogas como antidepressivos e neuromoduladores, a nova alcunha dos anticonvulsivantes, terá efeito sinérgico na briga contra a dor. É que, enquanto o antidepressivo eleva a oferta de serotonina e noradrenalina, sedativos naturais do sistema nervoso, os neuromoduladores alteram a transmissão do estímulo doloroso para o cérebro, diminuindo os níveis da tal substância P.


A bomba de morfina, outra estratégia medicamentosa para aliviar o suplício, por sua vez parece estar à beira do descarte. “Drogas como os opioides, com exceção do tramadol, não são muito eficazes nas pessoas fibromiálgicas”, conta Heymann. O consenso é que na cesta de cuidados não podem faltar remédios, atividade física aeróbica e acompanhamento psicoterápico. Um exemplo: caminhar de três a quatro vezes por semana, durante 30 minutos, libera substâncias prazerosas como as endorfinas e relaxa a musculatura. Alguns portadores que seguem esse receituário chegam até a dispensar a medicação.


Uma última informação, não menos importante, é o olhar para o que vai no prato. Quem apresenta quadros de dores crônicas precisa de proteína, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B. Os medicamentos costumam dificultar a absorção desses nutrientes e essa carência pode estar relacionada ao aumento do desconforto generalizado. “Basta imaginar que, se há falta de proteína, o corpo vai roubá-la dos músculos, que ficam ainda mais sensíveis”, explica Marco Dias Leme, nutricionista do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo. De qualquer forma, cresce a certeza de que o indivíduo com fibromialgia merece uma dedicação tão respeitosa quanto global.

Fique atento, cuide-se!

segunda-feira, julho 11, 2011

A Biomecânica dos Desequilíbrios Musculares


Artrose, escoliose e hérnia de disco são alguns dos maus do século XXI que atingem uma grande parcela da população mundial, sem poupar os mais novos ou os mais velhos. São situações clínicas responsáveis por quadros limitantes ou incapacitantes, os quais afetam severamente a qualidade de vida de um indivíduo. Diante dessa realidade, é necessário questionar qual a origem desses distúrbios. De fato, causas exatas não podem ser atribuídas a grande maioria dos casos, isto porque, normalmente diversos fatores podem estar envolvidos. Dentre um destes fatores, pode-se destacar o impacto dos desequilíbrios musculares nas articulações e estruturas adjacentes.



Os desequilíbrios musculares tornaram-se grande alvo de estudos e discussões dentro da Medicina Desportiva, como prováveis responsáveis pelo alto índice de lesões entre os atletas. Porém, boa parte dos estudos que se propõem a discutir o assunto não apresentam fundamentação científica (Klee et al, 2004).

Sabe-se que a estabilidade corporal, responsável pelo alinhamento do corpo, é diretamente ligada ao controle do Sistema Nervoso Central (SNC), pelo feedback sensorial das estruturas osteoligamentares e pelo controle da musculatura ativa. Logo, qualquer disfunção em um desses fatores vai promover instabilidade, a qual será compensada pelo corpo de alguma forma. Uma dessas formas é causando um desequilíbrio entre músculos (Liebenson & Lardner, 1999). De modo que os músculos que são mais utilizados, seja em tarefas do dia-a-dia, seja por práticas esportivas, tornam-se mais fortes e mais encurtados. Por conseqüência, ocorre um enfraquecimento e estiramento dos músculos antagonistas (Christensen, 2000).


O desequilíbrio muscular pode ser explicado pela diferença de força e flexibilidade entre grupos musculares que atuam sobre uma mesma articulação, isto é, ocorre quando determinado grupo muscular apresenta-se mais forte e/ou mais tensionado do que seu respectivo antagonista (Kollmitzer et al, 2000; Klee et al, 2004; Liebenson & Lardner, 1999).


O desequilíbrio pode ser fator causador ou estar associado a diversos fatores, como: uso inadequado, repetição excessiva, má postura, postura antálgica, patologias articulares, patologias musculares, contraturas ou aderências, déficits neurológicos, desuso ou atrofia, prática indiscriminada de atividades esportivas, dentre outras (Stokes, 2000).


Como fator causador, os desequilíbrios ocorrem, basicamente, pela promoção de um desalinhamento postural por alterar o posicionamento das estruturas ósseas ao aproximar origem e inserção (encurtamentos); ou promover sobrecargas excessivas em determinadas articulações ou parte delas, ligamentos e outras estruturas, podendo causar lesões agudas ou crônico-degenerativas (Kendall, 1995).


Como fator secundário, pode ocorrer como conseqüência de uma lesão inicial. Nesse caso, destacam-se as lesões traumáticas e as neurológicas que podem facilitar ou inibir as contrações musculares de determinados músculos, como, por exemplo, é o caso da espasticidade que atinge grupos musculares predominantes, inibindo a reação de seus antagonistas (Stokes, 2000).


Alguns grupos musculares apresentam uma predisposição natural ao encurtamento. Embora não exista uma explicação para isso, acredita-se que exista correlação com a posição fetal. Dentre os músculos que sabidamente tendem ao encurtamento, destaca-se: eretores espinhais, quadrado lombar, tensor da fáscia lata, piriforme, retofemural, gastrocnêmio e sóleo, peitoral maior, trapézio superior, elevador da escápula, esternocleidomastóideos, e escalenos; enquanto seus antagonistas diretos tendem ao estiramento (Stokes, 2000).


O processo de instalação de um desequilíbrio muscular, normalmente, não é perceptível ao indivíduo até que suas conseqüências comecem a se manifestar, normalmente em forma de quadros álgicos e/ou deformidades. E, levando-se em consideração o complexo de cadeias musculares que compõem o corpo humano, o processo será seguido de uma série de compensações locais e a distância, transformando o problema inicial em complexo processo de reabilitação postural (Moraes, 2002).


De forma simplificada, pode-se dizer que o tratamento dos desequilíbrios consiste em promover um reequilíbrio das cadeias musculares alongando o que está encurtado e fortalecendo o que está fraco. Vale ressaltar, porém, que o equilíbrio fisiológico de forças não é necessariamente o mesmo valor entre os grupos musculares.

Autora: Brena Guedes de Siqueira Rodrigues – Fisioterapeuta

sábado, maio 14, 2011

Pilates no tratamento e prevenção de Hernia de disco

Devido a força de gravidade, tensão do dia a dia, vícios/desvios posturais, envelhecimento ou tipo de movimento realizado bruscamente pelo individuo, pode ocorrer a diminuição do espaço entre as vértebras gerando assim uma pressão sobre o disco podendo até mesmo desgasta-lo. Quando este desgaste é muito acentuado pode ocorrer uma ruptura do anel, deslocando o núcleo discal para fora. Geralmente este fragmento do disco que escapa comprime raízes nervosas levando a irradiação de dor e dormências para os membros. O quadro sintomático também haverá dores musculares, dificuldade de realizar determinados movimentos, compensações posturais.

O pilates irá promover a estabilização da hérnia de disco, possibilitando uma vida saudável e sem dor. O método irá fortalecer e alongar músculos profundos que são estabilizadores da coluna vertebral, com isto absorvendo parte do impacto sofrido pela coluna, alem de melhorar a postura. Desta forma os sintomas que tanto incomodam tem uma melhora significativa, possibilitando a prática das atividades da vida diária e profissional de forma segura e sem dores.


Faça pilates ele trabalha o corpo e a mente!!!